AS PUPILAS DO SENHOR REITOR JULIO DINIS
José das Dornas era um lavrador abastado (rico), sadio (sano), e de uma tão feliz disposição de génio, que tudo levava a rir.
Tinha dois filhos -Pedro e Daniel. Pedro, que era o mais velho, não podia negar a paternidade. Ver o pai era vê-lo a ele.
Votar Daniel à vida dos campos seria sacrificá-lo.
Decorridos oito dias, via-se já Daniel passar, com os livros debaixo do braço.
Pedro há-de ter sempre vida de galés.
Qualquer dia passo-o para Cornélio.
Dar-se-á o caso que o rapaz me ande por aí a garotar.Eis a cena que viu o reitor, acocorado entre o centeio, como a bengala fixa no chão, mãos apoiadas na bengala, o queixo apoiado nas mãos.Ficou-se a coçar a cabecá, a encolher-se, a engolir em seco, a rosnar não sei o quê, e... mais nada.A cantiga eu quero-a ouvir de ti.Eu fui-lhe dizendo que bem deixava então a navalha para a barbearem em morto
Deixemo-nos agora diso.José parou e pôs-se a olhar boquiaberto para o reitor.Lembrando-lhe aquele tempo, levá-la-iam a procurá-los com prazer.É porque o coração me leva a pedir-to.Não me dirás tu, Guida, o que hei-de fazer para te ver rir.Outras estendiam-na pelos coradouros vizinhos.
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